Tem coisas que nos deixam altamente emputecidos. E as pessoas insistem em testar nossa paciência, não é mesmo? Ora pois, foi assim que aprendi a me virar: pegue sua mulher e coloque-a em um táxi -hhahahhaahhaah. Não, não foi isso. O que eu aprendi foi que em todos os melhores e até mesmo os piores momentos de nossas vidas, a proporção de aprendizado é sempre muito maior do que a dor ou a felicidade que sentimos ao atravessá-lo. A calma ao lidar com os fatos gera também mais conhecimento, conteúdo. A forma como enfrentamos algumas coisas revela, profundamente, quem realmente somos e é em momentos assim que descobrimos também quem é da gente e quem não é. Devo agradecer sinceramente à muitas pessoas, mas fica difícil citá-las aqui. Então, fiquem com meu abraço em seus corações como uma forma de retribuir tudo que à mim prestaram.
É importante ressaltar que existem coisas que o tempo não saberá explicar, embora pareça uma equação quase óbvia, ele não saberá seu resultado. O resultado não é necessariamente o fim, o resultado consiste muito mais no caminho até ele, do que nele mesmo. Os caminhos surgem de acordo com o nosso crescimento.. parece brincadeira, mas os espertos sempre chegam na reta final em primeiro lugar. Realmente os admiro, mas jamais deixarei de pensar que minhas joias raras foram encontradas em escombros de algo ''sofrido'' de se ter, terminar, continuar.
Nasci duas semanas atrasada, morta, roxinha. E foi aí que minhas lidas com a vida se tornaram árduas. Fiquei muito doente, meu coração não respeita todo o resto do meu corpo e meu cérebro também não. Há um certo orgulho disso, mas não sei até onde isso é bom. Minha luta: infância X convulsão, sempre foi um enigma mortífero e muitas vezes me perguntei porque tinha que ser assim. Percebi então, com o passar do tempo, que o controle que consegui ter naquele tempo é muito utilizado hoje, quando as coisas não vão bem. Quando pequena tive que deixar de correr muito, ou de pular -por causa de um aparelhinho que controlava meus batimentos- e agora tenho que deixar de correr e pular também.
Querer intensificar as coisas de um modo extremo passou a ser escasso pra mim, pois sei que a força não pode vir somente de um lado, senão a aversão surge e o desamor se torna mais frequente do que qualquer outro sentimento. Não posso pular nenhuma de minhas fases, nunca pude. Posso evitar facilmente qualquer tombo, pois tive que me precaver quando pequena.
E foi neste caminho triste de não ter amigos, de não brincar de panelinhas somente eu e minha boneca que eu aprendi que é pelo caminho mais longo que encontramos as menores e mais brilhantes coisas. Tive que analisar tudo minuciosamente, porque nada muito grande ou que me causasse grande emoção pôde me acontecer enquanto estive debilitada e afastada de fortes emoções. Foi assim que a Jasmine que tanto ama abraços, amigos, sinceridade, amor, conversas, vinhos em noites frias, ombros confortáveis, casa cheia, surgiu! De uma poeirinha bastante significativa de um passado nada comum.