quinta-feira, 30 de junho de 2011

Humano desumano (?)

            Primeiramente quero relatar-lhes sobre uma palestra que acabo de assistir, na qual a última frase valeu pelas duas horas em que criei raíz na cadeira. O homem disse, mais precisamente, Francisco: "O objetivo de uma ação social iniciada em um hospital não é, necessariamente, manter a situação finaceira equilibrada ou algo do gênero, é fazer com que o paciente que entra aqui na INCAN enxergue, daqui da janela de vidros lisos, a vida linda que tens lá fora pra viver, que ele veja o quanto é bom a resiliência nos momentos em que nos encontramos em apuros, como eles, que sofrem de câncer. É também conservar a relação paciente/cuidador -enfermeiro, técnico em enfermagem, médico, cirurgião, farmacêutico, etc.- é fazer com que os aparelhos ali postos, nas salas de recuperação ou de quimiterapia não os impeça de enxergar suas almas, seus olhares sinceros, sua busca por respostas em meio a tantas dúvidas. A tecnologia nos impediu de tocar em nossos pacientes para que sentíssemos a leveza ou o peso com que carregam a doença. Muitas vezes presenciei pacientes em coma, em cima de uma maca, no qual os olhares clamavam por respostas, porque apesar de estarem em estado vegetal, eles ainda possuíam cérebro e, principalmente, coração.. aquele que sempre exige atenção, mesmo distante. A questão que quero levantar, aproveitando minha fala anterior é que o real, e talvez mais profundo objetivo disso é despertar o espírito humano de nossos funcionários -o qual, na minha opinião, jamais devia adormecer-, não deixar que os aparelhos respiratórios ou até mesmo os medicamentos substituam sua existência, sua utilidade HUMANA."
            Quando ouvi todas essas palavras eu definitivamente me paralisei a tanta coisa linda, e digo com toda certeza, este homem foi o mais breve possível ao relatar tudo isso, ele usou de dez a doze minutos para entrar na cabeça de cada um e, principalmente, nos fazer tocar a consciência; com APENAS isso, ele mudou percepções jamais percebidas, que em meio a tanta correria, acabamos olhando, mas não vemos.
            Agora, como uma boa "escritora" de meu próprio blog, quero levantar uma questão e espero respostas sinceras. Pare, pense em tudo que eu e Francisco vos dissemos, será que este tempo todo fomos dignos da denominação de nossa espécie, ser humano? Ou só agora pensamos nas pessoas que não tem uma mínima parcela de culpa por sofrerem injustamente e diretamente pelo sistema? 
Um abraço à quem leu, e, meus queridos, isso sim é conteúdo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Filantropia, um ato de amor à humanidade

            Bom, iniciando nossa conversa de eu para mim quero colocá-lo que sinto-me lisonjeada pelos elogios que recebo; realmente, eles são minha inspiração.
            Como todos sabemos, amor é um assunto muito complexo e abrangente, possui inúmeros conceitos e fórmulas - até mesmo matemáticas. Já lhes disse o que penso sobre o amor e o que busco para mim, talvez poucos de vocês não tenham entendido do jeito como eu queria, mas, que fique claro, toda e qualquer interpretação é livre.
            Quanto à filantropia, acho extremamente necessário frisar que agir filantropicamente não envolve dinheiro, nem qualquer outro bem material. Trata-se de ações voluntárias; solidárias, vindas de instituições não estatais, pois nos negamos a receber doações - tanto porque esse não é nosso objetivo - de sonegadores de impostos, injustos e manipuladores de mentes fracas que formam os grupos do legislativo e executivo. Amar a humanidade é uma expressão mais figurativa do que prática, nós ajudamos a quem precisa, aí vai de cada um concluir se isso é amor, redimissão - dos pecados antecessores -, ou obrigação - em questão de consciência.
Sinto-me extremamente tranquila quando me refiro ao amor com tanta convicção, 
porque eu sim sei o que é amar.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

I am you, I am loneliness in search of company (L

Devemos apenas nos divertir, e quando o romance acaba: seguimos em frente, justamente pra que a saudade não se torne mais forte do que nossa própria vontade de vencer o tempo ou as circunstâncias.

Pra você, o que é amor?


            Acho que nao há época, prazo ou algo assim pra se amar, amar é agora! Pelo simples fato e saber viver o presente é ter a enorme capacidade de amar, saber valorizar o seu tempo, saber, acima de tudo, se valorizar, isso é amar, amar a si mesmo.
            Saber a grande importância de um abraço, de um aceno, de um toque leve é saber amar, respeitar esse valor. Não creio que amor seja algo indestrutível e eterno, porque a eternidade é o agora, e a indestrutibilidade nem Deus possui, pois os homens o matam dentro de si mesmos, assim, o amor também é mortal.. essa matança toda acontece no nosso inconsciente, aquele que, muitas vezes, nao sabemos o que pensa, ou até duvidamos de seu existência.
            O que eu quero dizer é que o amor não é coisa rara, qualquer um carrega esse dom, e sabe usá-lo, muitos, inúmeras vezes, o disperdiçam, no meu ponto de vista é claro, mas pra amar, nós, infelizmente ou felizmente, ainda nao temos a capacidade de escolher o que queremos amar ou a quem dedicaremos nossos esforços.. na realidade nós amamos porque precisamos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sobre gostar e esperar

        Você sabe como é sentir-se orgulhoso por ter conquistado algo que almejava com a força de sua própria vontade, sem precisar que alguém dê um empurrãozinho pra que tudo dê certo e saia como queria? Eu sei.
          Sempre cuidei para que tudo fosse feito em silêncio, pra que poucos soubessem dos meus planos, até mesmo por duvidar de certas pessoas. Hoje sei o valor que todo esse segredo teve, ele me remetiu bons frutos, enormes realizações, e o melhor de tudo, o orgulho, não aquele contra produtivo, aquele orgulho semeador, que muitas vezes precisei pra adquirir a coragem necessária para continuar em tristes batalhas, das quais não foram poucas. 
          Encontrei força em ombros alheios, já chorei em praça pública, já gritei pro mundo minhas vontades, embora, por muito tempo, tive que me manter calada e consentindo com determinadas pessoas por uma questão de respeito. Mesmo parada me mantive em movimento, buscando por dias melhores e por boas recordações ao final de minha jornada, porque sei que da vida não se leva nada, senão nossas gloriosas vitórias e nossos pequenos tropeções que podem ser denominados deslize de aprendizado, nota baixa, ou vermelha.
          Gosto de caminhar na zona de perigo quando tenho certeza sobre quem sou e porque estou ali; sempre estou muito segura de mim mesma e, devido as dúvidas dos outros, gosto de andar de cabeça erguida, sempre em busca de novos horizontes.
          Eu espero o tempo que for, mas consigo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Fórmula certa

        Sentimento complicado, bandido, que muitas vezes nos impede até mesmo de viver, por medo de desaprovação da segunda pessoa. Aquele avassalador sentimento que nos causa indecisão, medo até nos mais corajosos, causa incerteza nos mais certos, e nos leva ao delírio quando correspondido. 
        Quando me vi perdida, angustiada, quando me senti abandonada e muitas vezes soterrada em pleno arrependimento, alguém chegou e me fez acreditar que o presente, ainda que futuro, estava próximo e me faria acreditar novamente em uma vida. Quando senti frio, o sentimento, mesmo que abstrato, me acolheu e me aqueceu, como tudo aquilo que é sobrenatural e nos faz pensar. Todas as vezes que me perdi, muito rapidamente fui encontrada, e por quem eu não sei.
        Esse tal sentimento que me refiro tão intensamente, é realmente intenso, não só pra mim, eu juro. Todos aqui o sentem, o escondem, o consideram obscuro e desnecessário, embora saibam, que a essência da vida encontra-se inserida na prática de sentí-lo. Encontro-me calma, mesmo com tanta pressa ao meu redor, porque sei que viver é melhor que morrer. Obrigada amor, por me conceder o dom de amar perdidamente quem quer que seja.
Sei que você não tem hora pra agir e nem fórmula certa.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Verossimilhança

             Mais uma vez, e encontro-me indignada com o mundo em que vivemos. Respeito opiniões alheias, mas jamais fecharei minha boca diante dos fatos, que, de certa forma, chego a acreditar que são voluntários, e não mais, involuntários, vindos de determinadas pessoas.
             É tão triste perceber que em mundo tão agitado e cheio de gás - isso mesmo, gás - algumas pessoas permanecem estáticas no tempo, não vivem, não crescem, não se alimentam, deixam que vivam sua vida, que cresçam por ela e que alimente-a, mesmo sem saber o que ela gosta de comer. Estou falando daquela maldita acomodação na qual vivemos, e me refiro a praticamente toda a humanidade! 
             Devem estar se perguntando porque estou tão inconsolável assim, eu lhes digo. Porque, jamais, em minha vida, deixarei de falar, talvez nem sempre tenha a oportunidade de dizer o que penso, mas não me calarei também; porque nunca vou abandonar minha sede de conquista, minha esperança por dias melhores e meu orgulho de tentar devido as barreiras que me impuserem; jamais esquecerei que tive um passado, que ele certamente me assombrará no presente, não vou deixar para trás meu coração e nem minha consciência, porque sei que preciso deles! Não quero que cresçam por mim, que falem por mim, que façam por mim, eu tenho um corpo e uma alma, e é isso que vai me sustentar enquanto eu estiver viva, digo viva porque muita gente anda por aí morta pelas cantos, abandonada, e a desculpa? O sistema.
Não somos manipulados, nos deixamos manipular!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

E o que pensar..

quando não nos resta nada além de melancolia e solidão? Quando, em um mundo tão cheio de gente, nos sentimos abandonados por nós mesmos?
Acredito que não seja um dever meu, saber exatamente o que fazer quando me encontro numa situação semelhante a essa, tanto porque, com tudo o que nos oferecem no mundo, dificilmente nos ensinam a lidar com tais privilégios. A questão é que, se não tivéssemos nada, não sentiríamos falta também, a sociedade nos proporcionou novas descobertas, mas nunca nos esclareceu o que devíamos fazer depois que as descobrisse. O que mais angustia meus dias é saber que aos poucos nossa própria vida está se tornando escassa, seguimos doutrinas cegamente e nos acomodamos com a comida e a diversão que temos.
Não deixe que exijam de você, uma coisa da qual nunca tiveram a oportunidade de prestigiar também, afinal, eu só passo adiante aquilo que aprendo, e não o que quero aprender.
Levantem meus caros, vivam! Há uma porção de emoções lá fora esperando que nosso olhar finalmente as veja!